Fonte: bairromorroazul.blogspot.com
A cidade de Brasília foi concluída, mas não totalmente, e ainda precisava da mão de obra dos candangos para terminá-la. A mão de obra necessária para a conclusão dessa cidade foi permanecendo no Distrito Federal e com isso foram fazendo surgir às cidades satélites, essas que eram para serem criadas futuramente, para acolher essa população.
Brasília foi construída a fim de ser a nova capital do Brasil. A idéia era transferir a capital do Rio de Janeiro para o interior do país. Ao transladar a capital para o interior, o governo pretendia povoar aquela região. Pessoas de todo o país, especialmente do nordeste (chamadas de candangos, que quer dizer ordinários), foi contratada para a construção da cidade, inaugurada no dia 21 de abril de 1960 por Juscelino Kubitschek.
A história da ocupação do Distrito Federal é dividida em três etapas. A primeira se inicia com a mudança da capital do Brasil e vai até o ano de 1973, conhecido como fase de implantação. A segunda etapa, quando surge da necessidade o ordenamento urbano do Distrito Federal de 1974 até 1987, tem então a fase de consolidação urbana. De 1988 até os dias de hoje, a fase de expansão, caracterizada pela política de doação de lotes, da grilagem e invasões de terras públicas, política feita como forma de amenizar o adensamento populacional, o que promoveu o surgimento de invasões e favelas descontrolado nas regiões administrativas. Os núcleos urbanos como Santa Maria, Recanto das Emas e São Sebastião são exemplos dessa fase.
Com o embalo da criação dessas cidades, cresceram-se ainda mais os loteamentos clandestinos, as grilagens de terras públicas e o alto crescimento desordenado, como os condomínios horizontais, situados em áreas de especulação imobiliária e de grande sensibilidade ambiental.
São Sebastião
A região que hoje constitui a Região Administrativa de São Sebastião teve suas origens também com as desapropriações das Fazendas Papuda, Taboquinha e Cachoeirinha em meados de 1957, mesma época da construção da Capital Federal.
A Velha Papuda era dona de um dos engenhos situado próximo ao Morro da Cruz. Este fato está confirmado por vestígios de construções escravas encontradas na região, como uma cruz de madeira fixada no alto do morro, onde provavelmente os escravos eram castigados. A região hoje tem o mesmo nome e é uma área semi urbana a 2 km do centro da cidade. A crença ainda conta que o local era usado como capela, provado pelo cruzeiro fixado no alto do morro que tem cerca de 140 anos e o caminho era usado para distribuir temperos para as cidades de Luziânia e Planaltina.
O crescimento da região aconteceu quando os primeiros moradores foram instalados, através dos arrendamentos de terra feita pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal visando suprir com materiais ligados a construção civil, praticamente à construção de Brasília. Começaram então com os trabalhos ligados ao comércio de areia, cerâmica e olaria. Os trabalhadores se instalavam nas margens do rio São Bartolomeu, trabalhando com várias dragas e retiravam a areia para as construtoras da Nova Capital do Brasil, a NOVACAP. O trabalho de olarias difundiu-se muito intensamente nesta área, onde foram produzida quase 97% dos tijolos maciços usados na construção de Brasília e com isso a região ficou conhecida como Cidade Argila.
O contrato de arrendamento de terras entre os comerciantes e a Fundação Zoobotânica tinham data de ocupação para uma posse por 30 anos. Com a expiração dos contratos de uso, na área ocupada pelos comerciantes, começou a ser feita à instalação da Proflora, na época um programa de reflorestamento das áreas destruídas. Os contratos dos posseiros não foram renovados, as olarias foram desativadas e os comerciantes e moradores da região ficaram sem seus trabalhos e sem ter para onde ir. Começou-se então o parcelamento irregular do solo como forma de garantir a posse da área e assim a vila foi se consolidando e imediatamente surgindo um núcleo urbano a margem dos córregos Mata Grande e Ribeirão Santo Antônio da Papuda.
A Velha Papuda era dona de um dos engenhos situado próximo ao Morro da Cruz. Este fato está confirmado por vestígios de construções escravas encontradas na região, como uma cruz de madeira fixada no alto do morro, onde provavelmente os escravos eram castigados. A região hoje tem o mesmo nome e é uma área semi urbana a 2 km do centro da cidade. A crença ainda conta que o local era usado como capela, provado pelo cruzeiro fixado no alto do morro que tem cerca de 140 anos e o caminho era usado para distribuir temperos para as cidades de Luziânia e Planaltina.
O crescimento da região aconteceu quando os primeiros moradores foram instalados, através dos arrendamentos de terra feita pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal visando suprir com materiais ligados a construção civil, praticamente à construção de Brasília. Começaram então com os trabalhos ligados ao comércio de areia, cerâmica e olaria. Os trabalhadores se instalavam nas margens do rio São Bartolomeu, trabalhando com várias dragas e retiravam a areia para as construtoras da Nova Capital do Brasil, a NOVACAP. O trabalho de olarias difundiu-se muito intensamente nesta área, onde foram produzida quase 97% dos tijolos maciços usados na construção de Brasília e com isso a região ficou conhecida como Cidade Argila.
O contrato de arrendamento de terras entre os comerciantes e a Fundação Zoobotânica tinham data de ocupação para uma posse por 30 anos. Com a expiração dos contratos de uso, na área ocupada pelos comerciantes, começou a ser feita à instalação da Proflora, na época um programa de reflorestamento das áreas destruídas. Os contratos dos posseiros não foram renovados, as olarias foram desativadas e os comerciantes e moradores da região ficaram sem seus trabalhos e sem ter para onde ir. Começou-se então o parcelamento irregular do solo como forma de garantir a posse da área e assim a vila foi se consolidando e imediatamente surgindo um núcleo urbano a margem dos córregos Mata Grande e Ribeirão Santo Antônio da Papuda.
A cidadde de São Sebastião guarda segredos desde o regime escravista brasileiro e segundo a crença dos moradores mais antigos da cidade, a ocupação desta área vem desde o período colonial quando a região tinha fazendas remanescentes da época dos escravos. A mais conhecida entre os moradores era chamada de sinhá Luzia, conhecida por muitos como a Velha Papuda
Os aspectos da região, somados ao preço baixo da terra e pela proximidade do centro de Brasília fizeram com que, inicialmente, atraísse uma população de trabalhadores da construção civil e empregados domésticos e nos dias de hoje, uma população totalmente diferenciada. Com o crescimento demográfico que tinha em 1991, somado com o aumento da população o crescimento urbano sem planejamento foi uma séria ameaça a APA do Rio São Bartolomeu. O futuro do abastecimento de água do Distrito Federal já tinha sido comprometido com o cancelamento do projeto de represamento do rio, pois o crescimento da cidade e a expansão dos condomínios impossibilitaram a formação do Lago São Bartolomeu.
A Região Administrativa de São Sebastião está localizada na região sul da Área de Proteção Ambiental do Rio São Bartolomeu, á 23 km do Plano Piloto, demarcados 690,74 ha da poligonal região administrativa e 383,71 Km² de malha urbana, definidos pelo decreto n° 16.571 de 26 de junho de 1995. A cidade é privilegiada pela sua localização, marcada pela beleza de elevações de vales com terrenos ondulados cortados pelos córregos Mata Grande e Ribeirão da Papuda. Estes córregos possuem grande volume de água através de muitas nascentes vinda das encostas dos morros e por ter um grande potencial hídrico, a atual área urbana seria nos projetos futuros da CAESB, uma formação de um lago no rio São Bartolomeu para garantia de abastecimento de água ao Distrito Federal.
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